CONFIANÇA DOS VAREJISTAS EM QUEDA LIVRE
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Em 105,1 pontos, indicador da CNC aponta para menor patamar dos últimos cinco anos
Aline Salgado
As perspectivas de desaquecimento da economia e a perda de fôlego do comércio, que registrou no acumulado de 2014 até novembro um crescimento tímido no volume de vendas de 2,4% segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram suficientes para abalar ainda mais os ânimos dos empresários do varejo. Sondagem da Confederação Nacional do Comércio (CNC) apontou para uma queda de 1,1% no indicador de confiança mensal do setor e de 14,3% no índice anual. Com isso, o Icec (índice de Confiança do Empresário do Comércio) atingiu 105,1 pontos, um dos piores patamares da série histórica, iniciada em 2011.
Dos nove componentes do indicador - que vai de zero a 200 pontos -, quatro registraram os mais baixos patamares de suas respectivas séries históricas. Para a CNC, somou-se à maior insatisfação com as condições econômicas correntes a percepção de que os ajustes nos preços administrados irão impor restrições relevantes ao consumo das famílias brasileiras nos próximos meses, com consequências desfavoráveis ao consumo e à recuperação do nível de otimismo e das intenções de investimentos no médio prazo, por parte dos empresários.
Do ponto de vista da economia atual, a confiança dos comerciantes caiu 39% entre janeiro do ano passado e janeiro deste ano, ficando em 54,5 pontos. O sentimento sobre a situação do varejo também apontou para mais pessimismo, com o indicador caindo 26,7% e registrando 74,1 pontos.
Com relação às expectativas com a economia, houve uma queda de 17,3%, frente a janeiro do ano passado. Assim, o indicador alcançou os 119,5 pontos. Já sobre as perspectivas que envolvem o setor, a retração foi menor, de 7,5%, ficando o índice em 137,8 pontos.
Apesar do pessimismo generalizado dos empresários, a CNC identificou um aumento de 1,3% na intenção de investimentos pelos comerciantes na passagem de dezembro para janeiro. Houve uma alta de 2,2% no total de empresários que apontaram para um aumento na contratação de funcionários no mês. Com isso, o índice ficou nos 115 pontos.
Também foi observada uma expansão na tendência de investimentos para os estoques, com alta de 2% no mês. No entanto, na comparação com janeiro de 2014, ambos os indicadores registraram retração, de 10,4% para contratação de pessoal, e de 3,9% para investimentos nos estoques.
Diante do cenário pouco animador, a CNC revisou a previsão do crescimento do volume de vendas do varejo para 2015, de 3,0% para 2,4%. Se confirmada a projeção, esse será o pior resultado dos últimos 12 anos. No ano de 2003, o volume de vendas do varejo caiu 3,7%.
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EXPECTATIVAS
17 , 3 %
É o percentual de retração das expectativas do empresário do comércio com a economia, na comparação com janeiro do ano passado.
2 , 2 %
É a variação positiva na intenção de contratação pelo varejo, na passagem de dezembro para janeiro. Mas, no indicador anual, houve retração de 10,4%.
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