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Crise pune economia e consumidores

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A retração da economia continua a prejudicar os diversos setores da economia. E um perverso sinalizador disso é a continuidade das demissões nas empresas. Os postos de trabalho se vão por causa da insegurança com relação aos investimentos e às dificuldades relativas ao Custo Brasil. A sociedade é a maior prejudicada com esse encolhimento, que coloca em risco o processo de inclusão social.
Nos dois primeiros meses deste ano, já foram fechados 9.203 postos de trabalho com carteira assinada no Maranhão, o que corresponde a uma variação de 13%, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do TYabalho e Previdência Social (MTPS).

Em janeiro, já haviam sido eliminados mais de 3 mil empregos celetistas no estado. E pelos dados de fevereiro, foram perdidas 5.833 vagas, equivalentes à redução de 0,63% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.

Apesar de a inflação ter fechado em 0,90% em fevereiro, taxa menor do que a de janeiro (1,27%), ainda acumula dois dígitos em 12 meses, sendo projetado

índice de 10,36% ao ano. Ou seja, algo longe da meta de 4,5%, com viés de 2%. 0 aperto monetário e o desestimulo aos financiamentos por causa dos juros reduzem muito os investimentos em produção e, por consequência, retraem o mercado de trabalho.

Para reverter esse quadro, a mudança parece que deve ter início no cenário político. A maior parte dos problemas que prejudicaram a competitividade das empresas decorre do abuso na gestão dos preços administrados pelo governo. Isto elevou significativamente os custos em todos os segmentos e prejudicou os consumidores, que passaram a pagar mais caro por serviços como a energia elétrica, reduzindo o poder de compra e perdendo a oportunidade de manter o mesmo padrão de vida. Observa-se, com tristeza, nos últimos anos, que o ganho que houve com o Plano Real foi por terra e os que tiveram a oportunidade de mudar de faixas de renda retomam agora para patamares inferiores, além

de enfrentar o risco do desemprego.

Um fator preocupante, que precisa de solução imediata, para que se restabeleça minimamente a capacidade de compra dos brasileiros, tomando possível o aumento da demanda e reversão do desemprego, está relacionado ao número de pessoas

que se encontram endividadas. O Serviço de Proteção ao Crédito (SPQ identificou que 58 milhões de brasileiros estão nessa situação, o que representa cerca de 40% da população. O fato é alarmante, pois uma grande parcela disso deve-se às pessoas que ficaram desempregadas após terem

assumido compromissos com aquisições de produtos e serviços de modo parcelado e agora não têm recursos para pagá-las.

O governo pensa em estimular alguns segmentos, como a construção civil, que nos últimos anos perdeu espaço significativamente e é um dos grandes empregadores. Tal estímulo, porém, pode encontrar

Nos dois primeiros meses deste ano, já foram fechados 9.203 postos de trabalho com carteira assinada

barreiras entre os potenciais compradores, pois muitos não têm acesso a crédito, por estarem negativados. Outros têm medo do desemprego e um número significativo não consegue comprovar renda para comprar um imóvel adequado ao seu uso.

Infelizmente, enquanto não houver solução política para equilibrar a força entre os poderes, além da punição efetiva aos que realmente têm culpa nos processos de corrupção em curso, dificilmente haverá confiança no governo. A falta de credibilidade significa, perante o mercado internacional, juros mais altos e dificuldade em captar recursos, já que a contínua redução da nota de crédito internacional tirou o grau de investimento o Brasil, agora classificado com potencial risco.

Toda essa situação desestimula os empresários a fazer investimentos. Por isso, é necessária uma solução que restabeleça a credibilidade do governo e medidas econômicas eficazes, como juros mais baixos, controle da inflação pela via do equilíbrio fiscal, câmbio mais adequado e disponibilidade de crédito. Os desafios são muitos, mas precisam ser enfrentados, mesmo com a crise política e os conflitos judiciais que se abatem sobre o Planalto.

 

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